A pesquisa trombeteada na revista Science não falsifica a Complexidade Irredutível de Behe

quarta-feira, abril 12, 2006

A Folha de São Paulo de 10/04/2006 publicou um artigo de Kenneth Chang (New York Times) sobre um estudo publicado na revista Science que refutaria a “teoria da complexidade irredutível” de Behe. A FSP declara no seu Manual de Redação (de 1997) que "orienta a sua conduta [sic] por um projeto editorial... com o objetivo de produzir um jornalismo crítico, moderno, pluralista e apartidário" (p. 10). Nada mais falso no que diz respeito a Darwin e à Teoria do Design Inteligente (TDI), apesar das reclamações cientificamente fundamentadas enviadas aos ombudsmen desde 1998. Mais uma vez, a FSP não segue o seu próprio Manual de Redação que recomenda "ouvir o outro lado" (p. 46) e nem fez o "cruzamento de informações" (p. 26-27). A FSP sabe como entrar em contato com os teóricos e proponentes da TDI.

Após vários anos afirmando que não há debate sobre a Teoria do Design Inteligente, três pesquisadores publicaram um artigo trazendo o debate para as páginas da última edição da revista Science. Os pesquisadores Jamie Bridgham, Sean Carroll e Joe Thornton afirmam ter demonstrado como que um sistema complexo irredutível, conforme descrito por Michael Behe, pesquisador sênior do Discovery Institute, pode ter surgido como resultado de duplicação de gene e algumas mudanças de pontos mutacionais.

"Isso continua na venerável tradição darwinista de fazer afirmações grandiosas baseadas em resultados insignificantes", disse o bioquímico Michael Behe, que desenvolveu a teoria da complexidade irredutível no seu livro best-seller A Caixa Preta de Darwin (Rio de Janeiro: Zahar, 1997). "Não há nada no artigo que um proponente do DI pensasse estivesse além do alcance da mutação aleatória e da seleção natural. Em outras palavras, é um argumento tipo homem de palha."

Se a FSP tivesse "ouvido o outro lado", seus milhares de leitores tomariam conhecimento de que os teóricos do DI rebateram as conclusões do artigo publicado na Science:

How to Explain Irreducible Complexity – A Lab Manual

Fellows do CSC, 7 de abril de 2006

The Science Stories that Fizzled (and the one that Might Have Been)

By Bruce Chapman, 7 de abril de 2006

Irreducible Complexity Stands up to Biologist's Research Efforts

Discovery Institute, 6 de abril de 2006

Michael Behe's response to Thornton research on irreducible complexity

ID The Future, 6 de abril de 2006

"Os autores (inclusive Christoph Adami, no seu comentário publicado na Science) estão definindo convenientemente a 'complexidade irredutível' em nível abaixo, bem abaixo. Eu certamente não classificaria o sistema deles com nada próximo de complexidade irredutível (CI). Os sistemas CI que eu discuti no livro A Caixa Preta de Darwin contêm múltiplos fatores ativos de proteínas. O 'sistema' deles, por outro lado, consiste apenas de uma proteína e a sua ligação. Embora na natureza o receptor e a ligação façam parte de um sistema maior que não tem uma função biológica, a parte daquele sistema maior que eles escolheram não faz nada sozinho. Em outras palavras, os componentes isolados que eles trabalharam não são irredutivelmente complexos.

"No experimento, apenas resíduos de dois aminoácidos foram modificados, não foram adicionados novos componentes, nem componentes antigos foram removidos", continua Behe. "O fato de que tais resultados muito modestos são trombeteados deve-se mais, eu suspeito, à antipatia que muitos cientistas têm em relação ao DI do que ao valor intrínseco do próprio experimento."

CSC Director Stephen C. Meyer’s initial response

6 de abril de 2006

"Se isso é o melhor que o establishment darwinista pode fazer após dez anos tentando refutar a teoria do design inteligente de Behe, então a teoria neodarwinista se encontra num estado sofrível", disse o Dr. Stephen Meyer, diretor do Center for Science & Culture. "Na verdade, o caso de Behe fica mais forte com cada tentativa sucessiva de testá-lo por meio de refutação experimental."

Debating the Controversy that doesn’t exist

Por Paul Nelson

ID The Future, 6 de abril de 2006

O jornalismo científico da FSP não é crítico, moderno, pluralista e nem apartidário!

Enézio E. de Almeida Filho, www.pos-darwinista.blogspot.com