Por que sou pós-darwinista?

sábado, maio 27, 2006

Um ultradarwinista fundamentalista me desafiou para participar de uma lista de debates no Orkut – http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=184959: I have no time for trifling! Trocando em graúdos, caso ele não saiba inglês – não é questão de ter coragem ou não [ele me pareceu aqueles fanfarrões que intimidam os mais fracos], mas eu não tenho tempo para isso. Além disso, a questão hoje não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam relatos de tradições religiosas , mas se as evidências apóiam essas 'projeções da mente'. Não apóiam, e apontam noutra direção: Design Inteligente.

Depois queria saber a razão de eu ser pós-darwinista. Não precisava me escrever. Bastava ler o meu perfil, afinal de contas, 10 entre 10 darwinistas lêem o meu blog.

Alô galera do Orkut – dêem uma força para este blog aqui convidando seus amigos a convidarem seus amigos para conhecerem um pouco mais como desafiar a Nomenklatura científica. Vocês vão contribuir para o ensino objetivo da ciência e ajudar a acabar com a inquisição sem fogueiras que acontece em nossas universidades públicas e privadas contra os que ousam desafiar Darwin-ídolo. E mostrar para esses fanfarrões, com conhecimento de causa, que a teoria geral da evolução está mais furada do que queijo suíço!

Eu já fui evolucionista [acaso + necessidade + seleção natural e outros processos evolutivos + mutação + tempo] de carteirinha. Hoje, eu sou cético da teoria geral da evolução [Meninos, isso é a teoria macroevolutiva de como uma espécie se transmuta em outra].

Será que ele sabe que a evolução é um ‘fato’ porque Mayr, o decano dos evolucionistas, defende a “ampliação do conceito de investigação científica, reabilitando as narrativas históricas [sic] que reconstroem o que não se pode repetir” [tese do ancestral comum, p.ex.], como o “método por excelência da biologia”? [VARELA, Drauzio. Recomendando o livro “Biologia, Ciência Única”, de Ernst Mayr, São Paulo, Companhia das Letras, 2005]. História ou estória? Eu fico mais com ‘estórias da carochinha’ do que história propriamente dita.

Minhas razões deste ceticismo localizado [e não global] em relação às especulações transformistas de Darwin são derivadas de muita leitura de publicações científicas. Eu não podia mais ‘rezar’ o credo darwiniano fundamentalista:

“Nós temos uma teoria que tem vastos buracos de lacunas, e nós não temos sequer idéia de como a teoria pode preencher esses buracos, mas mesmo assim nós ainda cremos que a teoria explica o que realmente aconteceu”.

Daí eu ser um pós-darwinista, isto é, alguém que já anteviu uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva. Descartar Darwin totalmente? Não, pois ele acertou no varejo – teoria especial da evolução, mas errou no atacado – teoria geral da evolução.

Segundo Kuhn, quando um paradigma entra em crise, os que praticam ‘ciência normal’ escondem as anomalias do paradigma e inventam teorias ‘ad-hoc’ visando salvar o paradigma de entrar em colapso epistêmico. Ou entram em pânico como este fanfarrão.

Contrariando Dobzhansky, nada em evolução faz sentido, a não ser à luz das evidências biológicas. Elas estão dizendo um sonoro NÃO a Darwin e discípulos. Para desespero dos ultradarwinistas fundamentalistas e da atual Nomenklatura científica, que venha o novo paradigma.

Pro bonum scientia!