Origem da Vida: chega de engabelar os nossos alunos do ensino médio!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Por mais de 50 anos os cientistas vêm pesquisando sobre a origem química da vida – a tão-chamada evolução química que a Nomenklatura científica, quando confrontada com o atual estado da pesquisa em origem da vida e o que isso implica para o transformismo darwiniano, diz que não é assim tão importante, mas se encontra em todos os nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio fazendo uma espécie de 'introdução' ao tópico em seguida – a evolução biológica.

Eu não consigo acompanhar a Lógica 101 da Nomenklatura científica – se não é importante, e aqui bastante atenção MEC e seu grupo de especialistas que analisam o conteúdo dos livros didáticos – então por que as idéias mirabolantes, mas nunca substanciadas de Oparin/Haldane e mais a tão sabidamente desacreditada experiência de Urey-Miller ainda constam em nossos livros?



Nossos alunos do ensino médio estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica porque estão sendo LUDIBRIADOS intencional e conscientemente pela Nomenklatura científica tupiniquim neste quesito. O pior de tudo, é que isso é feito com o AVAL do MEC/SEMTEC… Muito pior ainda – com o nosso dinheiro dos impostos que pagam os salários desses especialistas instalados em confortáveis salas com ar condicionado em Brasília.

Há mais de 50 anos os cientistas vêm pesquisando sobre a origem química da vida – uma explicação totalmente naturalista de como a vida surgiu. Somente causas naturais. E as causas inteligentes? Nem pensar! Segundo os cientistas inteligentes, causas inteligentes não existem...

Numa palestra dada na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, o químico Edward Peltzer explicou que nós temos quatro opções a considerer e testar sobre a origem da vida:

1. A vida é o resultado de reações químicas não guiadas e processos aleatórios;

2. A vida é o resultado de leis físicas e condições iniciais com propósito;

3. As leis da natureza e o ajuste fino das condições iniciais são suficientes para explicar a origem da vida;

4. Os processos naturais sozinhos proíbem a origem da vida.


Após rever a evidência de cada opção, Peltzer concluiu que as reações químicas, inclusive a reação de Maillard, teria impedido uma origem da vida puramente naturalista. Assim, a pesquisa dele apóia a Lei da Biogênese, que a vida se origina somente de vida preexistente. Ele concluiu afirmando que a célula biológica é uma estrutura de complexidade irredutível, e que a abiogênese é um MITO da ciência moderna e um artigo de fé daqueles que afirmam que somente explicações naturalistas devem ser consideradas em explicar as nossas origens últimas.

Peltzer revela esmagadora evidência de que a vida não é o resultado de química cega e processos randômicos, mas ele teme que, como os alquimistas do passado, os pesquisadores influenciados pelo materialismo filosófico vão continuar tentando transformar coisas sem vida em vida apesar da evidência contrária. Para mim, eles vão continuar emitindo NOTAS PROMISSÓRIAS EPISTEMOLÓGICAS que nunca serão resgatadas pelas evidências.


Ninguém nada menos do que J. B. S. Haldane (cientista evolucionista, ateu e marxista) também levantou um problema bem sério para a origem da vida:

"Eu posso ser convertido no decorrer do encontro, mas quando escrevia este artigo, eu não sou de jeito nenhum atraído pela teoria de um período de muitos milhões de anos de evolução bioquímica precedendo a origem da vida. Para mim, parece que quaisquer sistemas de meia-vida – por exemplo, catalisadores liberando a energia de moléculas metastáveis como o pirofosfato ou açúcar – teria meramente tornado as condições menos favoráveis para os primeiros organismos vivos, com os quais eu quero dizer o primeiro sistema de reprodução. Uma proteína capaz de catalisar tais reações não multiplicaria em conseqüência, não mais do que catalisa uma enzima". [1]

O que me chamou a atenção nesta interessante citação de Haldane, é que ele converteu a origem dos sistemas vivos como sendo uma premissa auto-excludente.

Atenção alunos do ensino médio do Brasil, vocês estão sendo LESADOS na sua formação acadêmica e fica por isso mesmo. Eles chamam isso de EDUCAÇÃO, mas eu chamo de DOUTRINAÇÃO no materialismo filosófico que levou a CIÊNCIA para o cativeiro do NATURALISMO FILOSÓFICO que posa como EPISTEMOLOGIA…

Alunos do ensino médio do Brasil, UNI-VOS, vocês não têm nada a perder, a não ser as algemas de uma epistemologia contaminada pelo naturalismo filosófico. Rebelem-se academicamente contra seus professores, encostem-nos contra a parede e peçam uma razão para toda esta engabelação de várias décadas nos livros didáticos. A LDB 9394/96 e os PCN estão do lado de vocês: é preciso desenvolver um ESPÍRITO CRÍTICO e INDEPENDENTE do educando!

A rebelião proposta aqui neste blog não é 'contra a ciência', mas a favor da ciência qua ciência!


NOTA

[1] “I may be converted in the course of the meeting, but when writing this paper, I am by no means attracted by the theory of a period of many million years of biochemical evolution preceding the origin of life. It seems to me that any half-live systems - for example, catalysts releasing the energy of metastable molecules such as pyrophosphate or sugar - would merely have made conditions less favorable for the first living organisms, by which I mean the first system capable of reproduction. A protein capable of catalyzing such reactions would not multiply in consequence, any more than an enzyme does”. HALDANE, J. B. S., The Origins of Prebiological Systems, Sidney Fox, p. 15.