O desespero da Nomenklatura científica: internem todos os críticos da evolução no manicômio!

sexta-feira, maio 18, 2007

Como a grande maioria dos brasileiros eu descendo de uma tradicional família católica. Fui à igreja mais por uma imposição familiar do que assentimento mental. Nem me lembro se acreditava na existência objetiva e real de Deus, mas aos 14 anos eu lembro que me tornei ateu e marxista através da doutrinação de um pedreiro marxista-leninista que trabalhou na construção de nossa casa.

Agora ex-ateu, não tenho mais fé cega nos dogmas fundamentalistas do ateísmo. Nem nos dogmas darwinistas da teoria geral da evolução aceitos a priori sem a corroboração das evidências, e sem a devida consideração dos argumentos contrários.

Li esta resenha publicada na renomada revista de divulgação científica Science, e corei de vergonha pelo tipo de ciência que vem sendo feita mundo a fora.

Requer assinatura, mas professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas podem acessar a Science via portal Periódicos.

Resenha

As origens da infância da resistência do adulto à ciência

de Paul Bloom and Deena Skolnick Weisberg

“A resistência a certas idéias científicas derivam em grande parte de pressuposições e preconceitos que podem ser demonstrados experimentalmente em crianças jovens, e que pode persistir até a fase adulta. Em particular, tanto os adultos e as crianças resistem adquirindo informação científica que vão de encontro com as intuições de senso comum sobre os domínios físicos e psicológicos. Além disso, quando aprendendo informação de outras pessoas, tanto os adultos e as crianças são sensíveis à confiabilidade da fonte daquela informação. A resistência à ciência, então, é particularmente exagerada nas sociedades onde as ideologias não-científicas têm vantagens de serem fundamentadas tanto no senso comum e transmitidas por fontes fidedignas...

Os exemplos até aqui dizem respeito ao entendimento do senso comum do mundo físico pelas pessoas, mas a sua psicologia intuitiva também contribui para a sua resistência à ciência. Um preconceito importante é que as crianças vêem naturalmente o mundo em termos de design e propósito. Por exemplo, uma criança de 4 anos de idade insiste que tudo tem propósito, inclusive os leões (“ir ao zoológico”) e nuvens (“chover”), uma propensão chamada de “teleologia promíscua” (15). Além disso, quando perguntadas sobre as origens dos animais e pessoas, as crianças espontaneamente tendem a fornecer e preferis as explicações criacionistas (16). Assim como as intuições das crianças sobre o mundo físico torna difícil para elas aceitarem que a Terra é uma esfera, as intuições psicológicas delas sobre agência e design tornam difíceis para elas aceitarem os processos da evolução... [1]

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O que chamar ganhadores do prêmio Nobel que eram criacionistas ou tinham idéias criacionistas? O que eles tinham? Resistência Adulta à Ciência??? Ora vão caçar sapos de botas que isso não é ciência nem aqui nem em Darwinlândia. Isso é "1984", Big Brother, Novilíngua.

Fui, pensando urgentemente obter um atestado de sanidade mental porque a minha “resistência a certas idéias da ciência” se deu em idade adulta e mais porque sigo a máxima da ciência qua ciência: EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA! Das coisas empíricas, considerações empíricas. O que temos atualmente em teoria geral da evolução é somente “just-so stories” [estórias da carochinha] ou notas promissórias epistêmicas sem lastro de fundamentação empírica há quase 150 anos.

Sem atestado de sanidade mental, eles vão discutir com um louco? Se não me engano foi o Dennett que sugeriu enjaular no zoológico pessoas com esta “resistência a certas idéias científicas”. Agora vem estes dois dizer que a “resistência” é uma forma de loucura.

Vade retro que quem está precisando de camisa-de-força são vocês. Os loucos, parafraseando Sartre, são os outros... Nada mais stalinista...

NOTA:

[1] Science 18 May 2007: Vol. 316. no. 5827, pp. 996-97, DOI: 10.1126/science.1133398
Resistance to certain scientific ideas derives in large part from assumptions and biases that can be demonstrated experimentally in young children and that may persist into adulthood. In particular, both adults and children resist acquiring scientific information that clashes with common-sense intuitions about the physical and psychological domains. Additionally, when learning information from other people, both adults and children are sensitive to the trustworthiness of the source of that information. Resistance to science, then, is particularly exaggerated in societies where nonscientific ideologies have the advantages of being both grounded in common sense and transmitted by trustworthy sources....

The examples so far concern people's common-sense understanding of the physical world, but their intuitive psychology also contributes to their resistance to science. One important bias is that children naturally see the world in terms of design and purpose. For instance, 4-year-olds insist that everything has a purpose, including lions ("to go in the zoo") and clouds ("for raining"), a propensity called "promiscuous teleology" (15). Additionally, when asked about the origin of animals and people, children spontaneously tend to provide and prefer creationist explanations (16). Just as children's intuitions about the physical world make it difficult for them to accept that Earth is a sphere, their psychological intuitions about agency and design make it difficult for them to accept the processes of evolution....