A Nomenklatura científica sugere “Solução final” para os teóricos e proponentes do Design Inteligente

segunda-feira, dezembro 03, 2007

A Nomenklatura científica internacional e tupiniquim está se preparando devidamente para as celebrações de beija-mão e beija-pé de Darwin em 2009. Louvaminhice abjeta e despudorado culto à personalidade que não cabe em ciência. Nesta ocasião, os darwinistas vão tentar cooptar os de concepções religiosas com o canto da sereia epistemológico de que é possível sim “crer em Darwin” e “crer” nos seus relatos religiosos de criação sem problemas.

Nada mais patentemente falso desde 1871: St. George Jackson Mivart, “o distinto zoólogo” [Darwin o nomeou assim na 6ª. ed. do Origem das Espécies], tentou compatibilizar as hipóteses transformistas de Wallace-Darwin com as visões de criação do cristianismo no seu livro “Genesis of Species”: foi expulso do círculo íntimo de Darwin, e perseguido ferozmente por Thomas Huxley que, juntamente com Hooker, destruiu a carreira acadêmica de Mivart. Haja objetividade científica e liberdade acadêmica.

Sabedores de que esta estratégia não vai funcionar em 2009, a Nomenklatura científica, preocupada com o crescimento dos teóricos e defensores da teoria do Design Inteligente, move uma verdadeira “caça às bruxas” contra professores e pesquisadores simpáticos às teses de que o design é empiricamente detectado na natureza. Depoimentos de vários professores e pesquisadores vítimas desta “inquisição sem fogueiras” na maior democracia do mundo vão ser apresentados no documentário “EXPELLED” [Expulsos] que conta com a participação até de vários darwinistas célebres como Richard Dawkins.

Agentes do DI infiltrados na Nomenklatura científica obtiveram o seguinte memorando que está sendo enviado para todos os agentes da KGB [guarda-cancelas epistêmicos, oops peer-reviewers é mais chique] sobre a “Solução Final” esperada de todos os teóricos e defensores do DI:

“Há mais de 2000 anos os defensores do design inteligente insistem em existir, o que está se tornando uma provocação intolerável no século 21. Não há empregos para eles nas universidades, nem nos institutos de pesquisas de todo o mundo, e mesmo assim eles insistem em não tomar a única ação, que não somente resolveria o problema deles, mas nos garantiria a paz acadêmica tão merecida, e devolveria a tranqüilidade para a Academia e organizações científicas: o suicídio acadêmico coletivo deles.

Eles não podem alegar que não são responsáveis por esta situação Catch-22 que eles chegaram agora. Com um mínimo de previdência eles todos nasceriam em multiversos, evitando assim, a atual atmosfera de confronto de teorias científicas estabelecidas. Recusando-se a desaparecer voluntariamente, os defensores do design inteligente dão uma prova de intransigência da parte deles, e eles não podem reclamar da radicalização do outro lado.”

Paráfrase baseada em “Provocação” de Luis Fernando Veríssimo, O Estado de São Paulo, 26/04/2002, Caderno 2, p. 2. [1]

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Eu prometi a Darwin neste blog que não deixaria seus discípulos tupiniquins seguirem caminhos heterodoxos. Afinal de contas, Darwin escreveu numa carta que se a sua teoria da evolução por seleção natural precisasse de ‘ajuda externa’, ela seria ‘bullshit’...

Bah, tchê, pegaste pesado agora!!! Que nada, eu estou apenas representando o papel de um darwinista ortodoxo.

Situação Catch-22 em 2009.

NOTA:

1. “Os sem-terra insistem em existir, o que está se tornando uma provocação intolerável. Não há empregos para eles nas cidades, não há terra para eles no campo, e mesmo assim eles teimam em não tomar a única medida que não apenas resolveria seu problema como asseguraria a paz social e devolveria a tranqüilidade à comunidade e às classes produtoras. O suicídio coletivo.

Não podem alegar que não são responsáveis pela situação a que chegaram. Com um mínimo de previdência teriam todos nascido no Canadá, evitando assim o atual clima de confronto. Negando-se a desaparecer voluntariamente, os sem-terra dão uma lamentável prova de intransigência e não podem se queixar da radicalização do outro lado.”

“Provocação” de Luis Fernando Veríssimo, O Estado de São Paulo, 26/04/2002, Caderno 2, p. 2.