Por que a Síntese Moderna vai dar lugar à Síntese Evolutiva Ampliada em 2010?

terça-feira, dezembro 16, 2008

Todo o debate recentemente engendrado pela Grande Mídia, especialmente a Folha de São Paulo, sobre o ensino de criacionismo nas escolas confessionais como o Mackenzie, é meramente uma bem elaborada estratégia para blindar Darwin da verdadeira questão que precisa ser abordada publicamente em Pindorama.

A verdadeira questão hoje, que ainda não foi abordada pela Nomenklatura científica e nem pela Grande Mídia tupiniquim, não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam os relatos de criação de concepções religiosas, mas se as evidências encontradas na natureza apóiam sua teoria. A questão é científica, não é a velha polarização "ciência versus religião". A questão nova é scientia qua scientia.

Quando uma teoria científica não responde às anomalias encontradas pelos cientistas praticando ciência normal, a tendência, parafraseando Kuhn, é varrer essas dificuldades para debaixo do tapete epistêmico e seguir em frente com a ciência como se nada tivesse acontecido. Se as anomalias aumentarem, mesmo assim a velha guarda resiste e defende com unhas e dentes o paradigma.

São muitas as anomalias que a Síntese Moderna não mais responde. Por exemplo, a teoria evolutiva padrão da Síntese Moderna diz ser muito improvável encontrar genes abrigados em uma população que fará uma grande diferença como que um organismo irá se parecer e como se formará.

Anomalia fundamental encontrada: tais genes estão sendo descobertos nas populações.

QED: é por essa e outras anomalias que nós daremos adeus a Darwin em 2010.

Eu? Eu já dei adeus a Darwin em 1998. Sem arrependimento, e há uma década na frente da Nomenklatura científica e da GMT. E da galera dos meninos e meninas de Darwin.

Fui, nem sei por que, pensando que o “espectro de Lamarck” anda rondando a Nomenklatura científica e vai dar um baita susto na galera dos meninos e meninas de Darwin que vai ter que lidar com um paradigma não-selecionista.

Será o retorno triunfal de Lamarck, desprezado por Darwin, mas mais lamarckista do que Lamarck na 6ª. edição do Origem das Espécies???

Cruz credo...

NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER:

Alô MEC/SEMTEC/PNLEM: nós estamos de olhos nos livros didáticos de Biologia. Já chega de engabelar nossos estudantes com uma teoria morta que permanece como ortodoxia somente nesses livros (obrigado Gould, pela honestidade científica).