A evolução da audição dos insetos ocorreu 17 vezes. Faça as contas...

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Ciência

03/01/2012 - 17:01

Evolução

Fósseis de 50 milhões de anos ajudam a entender evolução da audição nos insetos

Insetos desenvolveram ouvidos antes do surgimento dos morcegos, segundo uma nova pesquisa, e não em resposta à perseguição dos mamíferos voadores


Fóssil de inseto de 50 milhões de anos excepcionalmente preservado: animais já escutavam bem antes do surgimento dos morcegos (Dena Smith)

O sonar dos morcegos é um dos sistemas de navegação mais sofisticados entre os seres vivos. Durante o voo, o animal emite sons em frequências ultrassônicas — inaudíveis para a grande maioria das espécies, inclusive humanos — e escuta o eco. Com isso, sabe exatamente onde estão obstáculos e também pequenas presas, como insetos, tamanha a precisão do instrumento. Mas os insetos que servem de comida para os morcegos também não ficaram parados em termos de evolução. Os cientistas sempre acreditaram que os insetos desenvolveram a audição para escapar desse poderoso predador, mas novas evidências indicam que os ouvidos já estavam presentes antes do aparecimento dos mamíferos voadores. Na verdade, afirmam os cientistas, os ouvidos dos insetos apenas se adaptaram depois do surgimento dos morcegos. 

Uma das características bizarras dos insetos é o posicionamento dos ouvidos: ficam em diversas partes do corpo, como nas asas e no abdome. Nos grilos e gafanhotos, estão nas patas dianteiras, logo abaixo dos joelhos. E foram os ancestrais desses animais que deixaram pistas segundo as quais, ao contrário do que se pensava, ouviam bem antes da chegada dos morcegos. 

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"O próximo passo é olhar os ouvidos de outros grupos de insetos", completa Dena . Isso porque esses animais desenvolveram a audição de maneira independente ao menos 17 vezes em outras linhagens. O objetivo da pesquisa e descobrir qual foi o papel dos predadores nessa adaptação e entender melhor as razões que levam à evolução das espécies.


Leia o texto completo aqui: VEJA


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CITATION/CITAÇÃO: Plotnick, R. and D. Smith (2012). "Exceptionally preserved fossil insect ears from the Eocene Green River Formation of Colorado." Journal of Paleontology 86(1): 19-24.

Esta pesquisa foi destacada no website Eureka Alert, em 3 de janeiro de 2012.


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PERGUNTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:


A probabilidade de a audição ter evoluído nesses animais é de 1 em 10 elevado a potência 150. Um número nada desprezível. Dena disse que a evolução da audição ocorreu em 17 linhagens diferentes. A chance disso ter ocorrido na história evolucionária desse animais de 1 chance em 10 elevado a potência 150 vezes 17. Um número nada desprezível de ser considerado, mas a VEJA sequer se deu ao trabalho de calcular e colocar no artigo!