Rubens Pazza: um evolucionista e suas notas promissórias epistêmicas a perder de vista

quinta-feira, novembro 14, 2013

Uma das estratégias utilizadas pelos evolucionistas fundamentalistas pós-modernos, chiques e perfumados a la Dawkins, para atacar os críticos da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários (de A a Z, vai que um não funcione aqui e outro ali...), até mesmo os críticos científicos, é bradar insistentemente a mesma ladainha sobre o fato, Fato, FATO da evolução (aceita a priori) , emitindo notas promissórias epistêmicas que nunca são resgatadas no contexto de justificação teórica, e demonizar os críticos como sendo criacionistas ou atribuir a eles citações pinçadas fora de contexto. 

Vou chamar este de método de Notas Promissórias Epistêmicas a Perder de Vista... Por que a perder de vista? Porque no contexto de justificação teórica elas nunca são resgatadas. Darwin nunca pagou uma delas. Desde 1859...



Rubens Pazza é um sórdido exemplo disso...


O moço é muito bom de retórica ufanista. Ele iniciou sua réplica ao meu post que a minha abordagem demonstrando a falência heurística da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários (de A a Z, vai que um deles falhe, não é mesmo?) não tem nada de novo, é apenas repetição e que, talvez o meu intuito seja o de “vencer pelo cansaço ou ainda repetir aos crédulos fanáticos seguidores que não pensam por si, de modo que isso de alguma forma dê a eles confiança”. 

Segundo Pazza, as evidências a favor do fato, Fato, FATO da evolução “estão aí, mas o chefe não abandonou o barco… deve ter algo de verdadeiro, não?”. Eu, chefe? De quem? E aí o Pazza passa a dar uma de psicoanalista: os leitores do meu blog agem assim “para autoafirmação, pois nem mesmo eles podem acreditar em tanta coisa mal escrita, errada ou deliberadamente manipulada”. Mais de 620.000 visitantes do meu blog nos cinco continentes merecem mais respeito, Pazza! 

Aí Pazza passa para o que seria um “exemplo quente”: ele tomou as dores do Prof. Dr. Leandro Russovsky Tessler, aqui neste blog nomeado de desonesto academicamente (mantenho o que escrevi e escrevo sobre a desonestidade acadêmica dele). E, pasmem, eu sou “conhecido criacionista”, “figura carimbada nas discussões sobre criacionismo”, que insisto na existência de “um complô contra as novas evidências que demonstram que a evolução é uma fraude”, que vivo “reclamando dos livros didáticos que falam sobre a mariposa salpicada e a revolução industrial (exemplo clássico de mimetismo e seleção natural), da fraude do Homem de Piltdown e por aí vai.”. 

Pazza, de cientista você passou agora a alguém em descompasso com a verdade dos fatos? Eu, conhecido criacionista? Figura carimbada nas discussões sobre criacionismo? Onde me anunciei criacionista? No meu blog? Nas minhas palestras? Onde? Aponte, Pazza. Onde que eu insisto num complô contra as evidências que demonstram a evolução ser uma fraude? Eu não falo em complô, nesta questão eu denuncio a desonestidade acadêmica dos evolucionistas como você, Tessler et caterva! Onde que eu sou tudo isso, e escrevi ou disse sobre a minha subjetividade? Você está em descompasso com a verdade, Pazza, se você não sabe o que significa descompasso com a verdade, passa agora a saber: você é um mentiroso! Contumaz, parece!

Quanto às mariposas de Biston betularia e sobre a fraude do Homem de Piltdown, Pazza disse que já tinha escrito sobre isso. Aqui, Pazza, remetemos nossos leitores para as postagens, mesmo que seus autores divirjam de nossos pontos de vista. Questão de colegialidade, sabe? Creio que você não aprendeu isso na universidade...

Um momento! Gente, o Pazza, como todo cientista darwinista fanático, fundamentalista, xiita pós-moderno, chique e perfumado a la Dawkins, está sendo desonesto academicamente sobre esses dois casos de fraudes perpetradas por evolucionistas de renome!

Sobre o mito da Biston betularia como sendo o melhor exemplo do fato, Fato, FATO da evolução em ação ocorrendo diante de nossos olhos eu já respondi ao Pazza com o artigo O tiro no pé do Enézio e o estrago devastador de Kavalco-Pazza contra a Nomenklatura científica. Kavalco e Pazza não é dupla caipira, não, gente. É uma dupla de cientistas que não é minimamente cética em relação à maior ideia que toda a humanidade já teve - a origem e evolução de toda a complexidade e diversidade de vida!

Quanto à fraude do Homem de Piltdown, Pazza também está em descompasso com a verdade dos fatos históricos, pois, apesar de ter sido perpetrado por “geólogos amadores” (SIC, eles eram evolucionistas querendo provar o fato, Fato, FATO da evolução...), e de a geologia ser uma ciência incipiente (Darwin era geólogo amador...), historiadores de ciência suspeitam que Teilhard de Chardin estava comprometido nesta história. Vide O MEC sabia dessas fraudes na abordagem da evolução nos livros aprovados pelo MEC!!!

Como pau mandado na defesa da desonestidade acadêmica de Tessler, Pazza desviou a atenção dos seus leitores do que era realmente importante no meu artigo A desonestidade acadêmica dos cientistas evolucionistas sobre o status heurístico da teoria da evolução no contexto de justificação teórica.

Ali, eu expus a fragorosa falência heurística da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários e como que cientistas academicamente honestos lidaram com a questão, especialmente na questão da hipótese da Árvore da Vida (descendência com modificação) e da capacidade da seleção natural explicar a origem das espécies.

Pazza nem abordou (por incompetência ou ignorância mesmo???) as declarações desses cientistas:

Em 2007, George Whitesides, declarou sobre a origem da vida (evolução química), que os evolucionistas a la Pazza dizem não ser importante para a teoria da evolução, mas não têm cojones para pedir ao MEC a retirada desta especulação dos livros didáticos de Biologia:

"A origem da vida. Este problema é um dos maiores problemas na ciência. Começa por colocar a vida, e nós, no universo. A maioria dos químicos crê, como eu creio, que a vida surgiu espontaneamente a partir de moléculas na Terra prebiótica. Como? Eu não tenho a menor ideia." 1

Pazza, você tem alguma ideia? Se tiver, publique! Calado!!!

Sobre a teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e n mecanismos evolucionários (de A a Z, vai que um mecanismo falhe...) na sua versão atual - a Síntese Evolutiva Moderna, agindo sobre mutações aleatórias ser o mecanismo que explica a história evolutiva de toda a diversidade e complexidade de vida, entre mais de 3.000 cientistas de peso que duvidam desta posição dogmático-mitológica, citei apenas Lynn Margulis:

"Os neodarwinistas afirmam que novas espécies surgem quando ocorrem as mutações e modificam um organismo. Eu fui ensinada repetidas vezes que a acumulação de mutações aleatórias produzia mudança evolucionária [que] resultava em novas espécies. Eu acreditei nisso até que fui procurar pela evidência." 2 e que "as novas mutações não criam novas espécies; elas criam descendência debilitada." 3

Pazza, o neodarwinista, passou bem longe e nem quis refutar Margulis. Por que? Porque Margulis é muito mais competente cientificamente do que Pazza. Simples assim? Não, muito mais simples do que isso: é que Darwin, que só tinha dois exemplos imaginários de seleção natural no Origem das Espécies, está com esta Nota Promissória pendurada sem ser paga desde 1859. 

Pazza, apresente um exemplo, só um exemplo, em que as mutações filtradas (ação teleológica???) pela seleção natural (supostamente um mecanismo cego e aleatório), e acumuladas ao longo de milhões de anos tenham criado uma só nova espécie. Pazza vai passar batido aqui... Calado!!!

Sobre as razões por que dos 16 de Altenberg, terem se reunido na Austria em 2008, para discutir problemas fundamentais da Síntese Evolutiva Moderna, e da necessidade de uma nova teoria geral da evolução, Pazza nem sequer teve a hombridade e honestidade científicas de ponderar porque a Nature, carro-chefe das publicações científicas (fundada por Thomas Huxley e outros, para a divulgação e defesa do Darwinismo) destacou citando um dos prominentes cientistas evolucionistas: 

"A síntese moderna é extraordinariamente boa em modelar a sobrevivência do mais apto, mas não é boa em modelar a chegada do mais apto," e "a origem das asas e a invasão terrestre... são coisas que a teoria evolucionária disse pouco para nós." 4

Pazza, você vai ficar mudinho da silva aqui, pois se nem Darwin conseguiu explicar a origem das espécies, é esperar demais que você explique, não acha? Será que o Tessler sabe? Duvido. Sabe por que Pazza? Porque a atual teoria evolucionária disse pouco, mas muito pouco, eu diria que nada disse sobre COMO um Australopithecus afarensis evoluiu em antropólogo amazonense... Calado!!!

Pisando sobre ovos epistêmicos, Pazza passou por cima da pesquisa de Eugene Koonin, do National Center for Biotechnology Information, sobre as novas descobertas científicas devastando vários aspectos fundamentais do neodarwinismo, tais como "o conceito tradicional da árvore da vida" (Árvore da Vida – descendência com modificação) ou a visão de que "a seleção natural seja a principal força motriz da evolução" indicarem que "a síntese moderna ruiu, aparentemente, além da possibilidade de conserto." "Sem escolher palavras," Koonin concluiu, "a síntese moderna já era." 5

Koonin, um biólogo evolucionista de renome, convencido pelas evidências encontradas na natureza, concluiu que a Árvore da Vida de Darwin, um dos aspectos teóricos fundamentais do Darwinismo ruiu. RUIU!!! Ouça Pazza, o barulho estrepitante - Splop! ploc! ploct! plop! (onomatopéia queda de objeto oco). Pazza, acorda filho, a Síntese Evolutiva Moderna JÁ ERA! A menos que você seja um cientista usando tapa-olhos epistêmicos. Ou, pior, que seja um agnotólogo enrustido. Calado!!!

Pazza abordou unicamente a citação de Kevin Peterson, biólogo de Dartmouth, que encontrei num artigo de Elie Dolgin na Nature de junho de 2012, sobre pequenos trechos de RNA chamados de microRNAs que "estão detonando ideias tradicionais sobre a árvore da família animal... Eu tenho observado a milhares de genes de microRNAs, e eu não posso encontrar um só exemplo que pudesse apoiar a árvore tradicional... Os microRNAs são completamente inequívocos... eles dão uma árvore totalmente diferente da que todo mundo quer ver." 6.

Chamei a atenção de Tessler, de que a hipótese da descendência com modificação, a Árvore da Vida, o aspecto mais fundamental da teoria da evolução de Darwin, tinha ido para a lata de lixo da História da Ciência, não me baseando unicamente nas declarações de Stevenson naquela entrevista, mas nas conclusões de Koonin e Margulis, que Pazza, capciosa e inteligentemente evitou abordar.

Quanto às pesquisas de Stevenson sobre miRNAs citadas por Pazza, é bom considerá-las cum grano salis, pois em filogenética há modelos e modelos conceituais de pesquisas, nenhum deles isento de pressuposições sobre como os processos evolucionários produziram os dados observados. Vide Model use in phylogenetics: nine key questions, de Scot A Kelchner e Michael A. Thomas, Trends in Ecology and Evolution, Volume 22, Issue 2, February 2007, p. 87–94.

Pazza sabe, mas passa por cima – atualmente a sistemática filogenética se encontra em estado de muita confusão, e não existem conhecimentos seguros sobre as verdadeiras relações evolutivas entre os organismos. Não é questão de novas descobertas nesta área promover o avanço da ciência, mas dos atuais conhecimentos científicos demonstrarem a fragorosa falência da especulação transformista de Darwin de descendência com modificação.

Até Stevenson é prudente sobre suas descobertas dos miRNAs. No abstract de seu artigo The Identification of MicroRNAs in Calcisponges: Independent Evolution of MicroRNAs in Basal Metazoanslemos as palavras cuidadosamente escolhidas:

"The role(s) miRNAs play though in sponge biology and evolution remains an open question."

"Os papéis que as miRNAs desempenham ativamente em biologia e evolução de esponjas permanece uma questão aberta."

Pazza passou por cima destas palavras de um cientista honesto!

Nossos alunos do ensino médio estão tendo sua cidadania e formação educacional lesadas, pois este colapso epistêmico da Síntese Evolutiva Moderna não é mencionado em nenhum livro didático.

“A desonestidade intelectual faz parte da história da civilização — da parte ruim. Apontá-la é, entendo, uma premissa civilizatória.” 7

É o que eu faço aqui – denuncio a desonestidade acadêmica dos darwinistas fundamentalistas, pós-modernos, chiques e perfumados a la Dawkins, não como uma premissa fundamentalista, mas de civilização!

Pazza, você também vai me processar como o Prof. Dr. Leandro Russovski Tessler???

Pazza, passei a régua! E ele passa no meu blog para ver as novidades contra e a favor da teoria da evolução de Darwin...

Enézio Eugênio de Almeida Filho
Ms em História da Ciência – 2008
Pontifícia Universidade Católica - São Paulo

Notas de rodapé

1. George M. Whitesides, "Revolutions in Chemistry," Chemical and Engineering News 85 (26/3/07), p. 12–17.

2. Citado em "Lynn Margulis: Q + A," Discover Magazine (Abr. 2011), p. 68.

3. Darry Madden, "UMass Scientist to Lead Debate on Evolutionary Theory," Brattleboro Reformer (3/2/06).

4. Scott Gilbert, Stuart Newman, e Graham Budd, citados em John Whitfield, "Biological theory: Postmodern evolution?" Nature 455: 281–284 (17/9//08).

5. Eugene V. Koonin, "The Origin at 150: Is a new evolutionary synthesis in sight?" Trends in Genetics 25(11): 473–475 (2009).

6. Elie Dolgin, "Rewriting Evolution," Nature 486: 460–462 (28/6/12). 

7. Reinaldo Azevedo. "A incrível entrevista de um ministro".